Vai bem além das explicações do que ela não é ou do que ela
é... quem sabe até do que ela deve ser – se é que ela deve (ser) algo.
Dentro de cada um (na mente – aos c[s]é[p]ticos – ou no
coração – a nós) há muito mais do que movimentos neuromusculares... Há música!
Ah a música... Ela entra na vida de cada um de mil maneiras
diferentes. E são mil maneiras realmente – de maneira simultânea e simultaneamente diversa, divertida, de verso em verso, às vezes até de maneira adversa... Enfim, tudo começa, começa a começar, começa a terminar e termina de terminar com música.
Uma melodia que te diz a palavra que o letrista não
conseguiu pôr no papel ou uma palavra que nasceu para preencher aquela rima...
Uma batida que te faz imitá-la com as mãos ou bater a cabeça (ou os pés ou o
corpo todo) no ritmo da canção (em ritmo de festa! hey!). Um refrão que te dá
vontade de gritar junto do cantor ou um solo de algum instrumento que te faz
achar que tua garganta é aquele instrumento...
Música não é só isso que o teu vizinho ouve
ensurdecedoramente, de vez em quando, para te fazer inveja – caso tu não possas
ouvir no mesmo volume a tua música – ou fazer raiva – quando é uma música que você
detesta. Música também não é só isso que, através de um fone de ouvido, chega
ao teu cerebelo, e cuja função às vezes é evitar que algum chato (ou não
necessariamente chato, mas só por você não estar mesmo a fim de papo) puxe conversa
contigo.
(De)"Lirando", concluo:
Música é música e não há palavra.
Música é música e nunca acaba.
Nem o silêncio... O fim é só uma pausa.
Vai bem além das explicações do que ela não é ou do que ela é... quem sabe até do que ela deve ser – se é que ela deve (ser) algo.

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